[...]para muitas pessoas alguns objetos tem muito valor. De fato, ''bens materiais'' tem o seu valor. Mas os meus valores são um pouco diferentes.
Tem valor um colar que eu mesmo fiz, que tinha como pingente uma concha que eu peguei, quando eu morava em Salvador...eu trouxe um pouquinho daquela minha antiga vida nessa concha. Os amigos, as saudades, os amores, os lugares que eu frequentava, estão todos ali, guardados naquele colar que hoje, eu guardo na parede do meu quarto.
Eu tinha um anel de marfim que um amigo me deu nos meus tempos de Praia Brava. Ele me disse que esse anel me protegeria nos meus dias difíceis. Na Austrália, esse anel se quebrou...acho que ele não aguentou.
Não consigo dormir sem meu filtro dos sonhos, é por isso que carrego ele na mochila, porque se eu for dormir na casa de um amigo, ou viajar, ele sempre estará lá, trazendo os sonhos bons.
Mas o meu maior bem material hoje, é uma concha. Só faltou o caramujo. Eu achei essa concha, no alto de uma montanha na Nova Zelândia. Ela tem esse valor pra mim, porque até agora, eu não consegui entender como ela,e mais um milhão de conchas iguais foram parar no alto de uma montanha[...]
*e as pessoas confundem a gente, dizendo que um cordão de prata vale muito mais do que o meu de concha. Sendo que o de prata, não fui nem eu quem fiz.
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